A lua da lua transforma uma rosa vermelha em ouro branco

Gabriel,
meu adorado,
meu mais que tudo,

a carta que nunca mais vinha finalmente chegou... eu sei que desta vez demorei imenso a escrever uma nova carta, mas como escrever sem conseguir expressar o que sentia de verdade...

Tu fazes-me sentir uma avalanche de emoções, que às vezes nem sei como expressar o quanto te amo, o quanto tu me fazes falta, o quanto tu me fazes sonhar!

Como escrever, quando o mundo decidiu de repente que tenho que trabalhar mais e mais, porque senão não avanço no estudos... o mundo às vezes esquece mesmo, que nem tudo é o trabalho... é nestas alturas que dou graças às novas tecnologias que nos permitem falar mais vezes quando o mundo não permite a escrita...

Quando oiço a tua voz, eu flutuo... o meu pensamento foge e estou ainda mais perto de ti... eu sinto-te e abraço-te, e eu sei que me sentes pelo tom da tua voz... tal como me consegues alcançar com uma palavra, eu alcanço-te com o meu pensamento...

A lua está brilhante iluminando o Campus.... tudo ganha uma cor prateada, de duradouro, de eterno nesta noite... é tal como quando combinamos olhar a lua se algum dia calhar não podermos falar de todo um com o outro... nesses dias, milagre ou não, é possível vê-la, crescente ou minguante, cheia ou nova... tem sempre o seu encanto e poder.

A luz da lua pousa na rosa vermelha que me desta... mas no escuro parece que está banhada por uma luz de ouro branco, reflectindo, e maravilhando os meus olhos... sorrio... tudo o que tu tocas torna-se como quando a luz da lua toca em algo, tudo fica encantado, tudo é mágico, tudo é amor...

Amo-te em cada brisa que me trás o teu perfume...
Amo-te em cada toque de seda...
Amo-te a cada novo dia...
Amo-te a cada sonho...
Amo-te Amo-te Amo-te...


Três vezes, três "amo-te", três desejos...

Beijos de luz de prata e ouro...
Luna